sábado, 4 de janeiro de 2014

Uma viagem inesquecível (parte 2)



1° dia - 05/07/13
O dia da despedida

    O navio desatracou as 10 horas da manhã e antes disso,  durante a despedida das famílias, eu fui como uma muralha... forte e inabalável, venci e superei até o soluçar da mãe durante um último abraço, tem arma mais forte que esta para derrubar um sujeito? Não fiz por orgulho, fiz porque gosto de desafiar os sentimentos, tento provar que eles nao me dominam, sou superior, sou algo além de humano... talvez esteja apenas me iludindo, pois quando o navio se afastou do cais e eu vi minha irmã, que por 5 meses seria apenas uma imagem na memória, quando vi a pequena se apequenando cada vez mais, tão distante, até se perder de vista, aí meu coração se apequenou também e apertou forte no peito, o gigante desmoronou na hora, o bravo deu lugar ao sentimental e eu me desmanchei em prantos. Eu que estava me esforçando para cair na real, como se chutasse uma daquelas máquinas de refrigerante esperando a ficha cair e quando estivesse desistindo e sem esperança ela caia e a nossa recompensa bem ali a nos saciar a sede e a vontade, a preencher nosso vazio... vazio insaciável...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A diferença entre o real e o ilusório é que o real existe por si só e a ilusão necessita do real para existir. Comentem, afinal, o que seria da vida sem as ilusões.