terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fluxo de vida

Não falarei nada... apenas postarei mais uma nova poesia.
Mais um fluxo de vida minha que se passou, tão próximo que vocês nem imaginam.
          
      

            Fluxo de vida

A vida está passando aos meus olhos
Ah! O medo de tudo.
Não passei o mendigo. Parei mas não dei nada.
Não me pareceu sincero.
Mas o que é sincero nesta vida maltratada.
Ninguém se importa, é só passagem.
Tudo é para dentro, a vida é fora.
Ninguém está nem aí.
A poesia então é morte.
Eu sou mais um se não falo de ti
                                      [ não importa.
O elevador não desce, vergonha de mim mesmo
Estou fora de mim, mas ainda em mim, sem padrão
Será que percebem, disfarço ao máximo
Me escondo, como sempre
Chegou, vou-me embora
Mas a câmera não me ignora e me enfrenta o olhar
Me testando, me julgando
Ou eu mesmo me julgo?
Chego à armadura, estou seguro
Estou livre, viva a vida pura ilusão
Tudo passará e a vida também
Não é possível que a vida seja apenas isso
Mas todos somos os donos da nossa verdade
E ela diz: prisão, cuidado e morte
Mas eu sei de tudo, eu sei de tudo
Me arrependerei de dizer isto
Mas eu sei
Vou fazer porque tem que ser feito
Tenho que provar aquilo que não tem
                                      [que ser provado
Mas vou mesmo assim, vou assim mesmo
Vida, viver! Fazer imperativo
Eu sou assim, imediatista
Então é isso Drumond, que você quer?
Poesia é fluxo de vida ?
Ó vida ingrata.

Licença Creative Commons
Fluxo de vida by Lucílio Fontes Moura is licensed under a Creative Commons Atribuição-Não a obras Derivadas 3.0 Unported License.
Based on a work at poetailusionista.blogspot.com.

3 comentários:

  1. Um ser pensante
    em meio a tantos...
    em base deste e do meu predileto (fora de controle) o reconheço mais uma vez cm um desigual.
    Desigual sim, pois apesar de todas as pressões que sabemos que sofre durante a "semana", social, cultural(...) ainda sim sobrevive um ser pensante
    em meio ao caus social do nosso século.
    Que não se maqueia e nem se torna um robo, cm o seu verso diz, um ser em diferencial e preincipalmente em extinção.
    Aonde está a mate de preservação, necessito sobreviver também.
    Um ser pensante
    em meio a tantos...

    Keyla M. Magalhães

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  2. sempre que leio uma poesia q fale da vida, cotidiano e afins me lembro mto das letras de raul seixas... enfim, otimo texto :)

    http://niddotiras.blogspot.com/

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  3. gostei da poesia...uma poesia não fala apenas de amor...mas sim da vida...muito bom....

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A diferença entre o real e o ilusório é que o real existe por si só e a ilusão necessita do real para existir. Comentem, afinal, o que seria da vida sem as ilusões.